Computação quântica pode fortalecer o Bitcoin, afirma Saylor
Michael Saylor, fundador da Strategy e um dos principais defensores do Bitcoin, acredita que a computação quântica não tem o potencial de destruir essa criptomoeda, mas sim de torná-la ainda mais forte ao longo do tempo. Em uma postagem recente, Saylor destacou que o Bitcoin é um sistema dinâmico, capaz de se adaptar a novos desafios, incluindo a evolução para computadores quânticos que poderiam comprometer a segurança atual do criptoativo.
O assunto ganhou destaque nos últimos meses, especialmente com o avanço das discussões sobre computação quântica e seus impactos nos sistemas que usam criptografia, como o Bitcoin. Os computadores quânticos poderiam, em teoria, explorar falhas em algoritmos como o ECDSA, que é atualmente utilizado para proteger chaves privadas.
Embora os especialistas reconheçam que ainda estamos longe desse cenário, a discussão se tornará cada vez mais relevante à medida que propostas surgem para lidar com essa possível ameaça futura.
Propostas em discussão
Uma das ideias propostas por Jameson Lopp, um desenvolvedor respeitado no universo do Bitcoin, sugere uma transição para uma criptografia que resista à computação quântica. Essa proposta incluiria o congelamento de bitcoins associados a endereços que nunca foram utilizados, como aqueles vinculados a Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin.
A ideia é que, se moedas com chaves públicas já expostas não forem migradas para novos formatos dentro de um prazo determinado, elas podem ser tornadas intransferíveis por um consenso da rede.
Bitcoin pode se atualizar
Saylor reforçou que o Bitcoin pode superar os desafios impostos pela computação quântica por meio de atualizações coordenadas do seu protocolo. Para ele, a rede tem o tempo necessário para adotar novas formas de criptografia e garantir que os usuários ativos consigam proteger seus fundos. Assim, os bitcoins que estão perdidos, ou que nunca foram movimentados, ficariam congelados.
Essa estratégia, conforme Saylor, poderia até diminuir a oferta circulante da moeda, aumentando sua escassez e, potencialmente, seu valor ao longo do tempo.
Recentemente, Lopp também abordou essa discussão e ressaltou que a ameaça quântica não é iminente. Qualquer mudança no protocolo exigiria um amplo debate, testes e um consenso entre os membros da comunidade.
A proposta tem como objetivo preservar a integridade do sistema, evitando que bitcoins associados a chaves suscetíveis sejam atacados por quem tenha acesso à tecnologia quântica.
Ambos os comentários de Lopp e Saylor mostram que o Bitcoin não é uma tecnologia estática. Ele tem a capacidade de se adaptar a mudanças tecnológicas significativas, mantendo sua essência de segurança, escassez e descentralização, mesmo diante de desafios que parecem estar longe de nossa realidade atual.





